Meu peito é um porto
No qual abrigo muitos navios
Carregados de dissabores  e ilusões
Que se perderam sem acalanto
E sem voltar
No meu travesseiro tem um cantinho 
que não seca
Pois as dores que eu canto
Nascem de uma dor que não invento
Foi o mundo que plantou em mim
Hoje dá frutos tristes e constantes
Todos de amargo sabor 
Perdi  meus sonhos todos
Não sei por onde os deixei
Só sei que perdi
Pois onde antes havia a vontade
de ficar e chegar
Tornou-se em saudade e na pressa de fugir
Meu coração não sei mais por onde anda
Nem sei mais como procurar
De  cicatrizes,  está cheio não há mais lugar para ferir
Morte não vou pedir, como o passado querer?
Se vida eu já não tenho, eu há muito que morri
J. Sollo

Muito linda mais me pareceu um tanto amargo
ResponderExcluirporque? vc não é amargo.Está triste?