NÃO AMARÁS
NÃO AMARÁS
Olhar você despida pela janela
Não me trará remorso
O que pode acontecer
É eu sentir o prazer solitário no meu quarto escuro
Poderei entregar suas mensagens
Poderei descrever suas viagens
Mesmo que seja para você abrir a porta
E ver seus cabelos por um breve segundo
Dentro do meu mundo intercalado
Posso desfrutar do seu amor
Sem preocupar-me com maciez
Ou perder minha inocência pela falta de pudor
Meus pulsos serão eternamente cortados
Na madrugada chuvosa que sangrarei
Até o desfalecer ingênuo do meu corpo
Até que simplesmente esteja morto
Autor: Arnoldo Pimentel
LÍRIOS DEVASTADOS
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