VERSO PRISIONEIRO!

Tento por em letras minha vida
Mas meu verso está prisioneiro.
Não me importo com as rimas ..
Mas por onde começar?
Tu me ensinaste apenas o final!
Não sei em que tempo te perdi..
Nem sei o que de ti
Guardei em mim..
Teu cheiro.. tua voz.. teus versos!
Aprendi que teu amor.
Não se referi a uma só coração.
Mas aprendi com você..
Que o poeta não tem direção..
Não tem dono..
Que teu amor és fragil
E transparente como um cristal.
E que o encanto de um poema
Não está exatamente nele
Mas em que o lê..
Janildes.


TRISTE.. FIZ-ME!


 Para iludir minha alma
Escrevi tantos versos de amor..
Te busquei por diversos caminhos.
Te acolhi  com minha insanidade.
Na tua voz de silêncio
Reconheci teus mais profundos segredos.
Na tua timida tristeza
Chorei minha mágoa.
Espalhaste tua paixão por mil pontos no infinito.
Mas não consegui colher
Nem uma gota deste doce orvalho.
Teus versos me despiram
Enquanto meus olhos morriam de dor..
Tua luz se espreguiça no horizonte
E dela faço minha esperança sem cor.
Quanto o quiz!..A ternura de teus braços..
Mas sempre desertos, inteiramente lassos!
De tuas mãos poéticas e cheias de passado..
Esperei o afago..mas só o indiferente aceno.

Talvez um dia levarás aos lábios meu poema
Tardiamente..
Pois serão folhas esparsa pelo ar.

Janildes..