Na realidade da minha pobreza
Fico a pensar no meu sonho rico.
No meu trabalho,na minha esperança
No meu amor e de toda minha vida.
Que tudo se resume numa ilusão.
A ilusão de ser a lirica vadia dos jardins
A música das folhagens
A poesia canora dos beirais floridos
A saudade que os velhos troncos choram
das folhas que murcharam
Das folhas que caiem.
Dos ninhos, das asas que fugiram.
Ter a ilusão de que o jardim desfolha aos meus pés.
Ser o resumo encantado de todas as flores
Ter a voluptuosidade da rosa
Ser misteriosa como papoula
Ser religiosa como as violetas.
Ter o aroma de todos os canteiros
Ilusão esta que embala minha alma
Deixando o ombro sem passado.
Ilusão de que toda felicidade vem de ti!!
É como o amor, que desabrocha
e sonha!
Jane Freitas