..E VÃO-SE AS HORAS..

                                                                                                                                            
E vão-se as horas desfilando lentas..
Revelando a extensão de uma verdade.
Não consigo enxergar novos atalhos..
Desejo, apenas que o tempo voe.
Diante de tantas lembranças doloridas
Parece que vivi, mais de mil vidas.
Quem virá arrancar do meu peito os espinhos?
Quem virá aquecer-me  a alma gelada?
Me firo nos espinhos dos meus prantos.
Num céu de amor, num inferno de tortura,
Solidão que aumenta a cada instante.
Plasmando na dor e no mistério.
Me ajoelho em piedosa contradição
Enquanto o vento sopra soluçamte.
Fecho a cortina, e apago a luz do dia
Não quero que ninguem veja  a agonia,
Deste morto e insepulto coração..
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